Inicialmente usados em fachadas de estabelecimentos, os letreiros neon se tornaram itens de decoração de ambientes residenciais. Atualmente, artistas plásticos exploram a técnica criando peças personalizadas, com frases e desenhos específicos. Há também empresas que vendem modelos de abajur com palavras ou formas em neon.
Segundo o arquiteto André Romitelli, do Estudio Guto Requena, ter um neon traz aspectos da vida noturna para o lar. “Quando você se apropria de um elemento comumente utilizado na vida urbana, nos bares, na rua, e traz ele para o lar, ele toma esse caráter de obra de arte”, explica.
O letreiro neon em um ambiente fechado consegue criar um estudo cromático que pode dar opções de sombras e projeções muito delicadas, afirma o arquiteto, que já teve uma peça em seu apartamento com a forma de um desenho que criou.
Por ser de vidro, o letreiro não deve ser colocado em lugares onde há circulação de pessoas. De acordo com Romitelli, também não é recomendado deixá-lo em ambientes úmidos, pois a umidade afeta as pontas e causa o escape de gás.
“Se sair a pontinha do letreiro, o gás que faz o neon funcionar sai e você e precisa mandar para um especialista. Além da manutenção ser cara –cada vez que sai você tem que pagar um valor–, também leva um tempo”, relata.
O arquiteto diz que a peça tem uma vida útil curta e o gás dura aproximadamente nove meses. Para Romitelli, modelos de grande porte precisam ser usados com cautela na decoração em residências, pois a cor tem uma representatividade muito forte.
“Você não consegue utilizar em qualquer ambiente, acaba poluindo e refletindo muito nos móveis. Tem que ter um cuidado com a qualidade luminotécnica do espaço. Por ser um elemento de luz, ele pode alterar as demais iluminações do espaço”, comenta.
Fonte Revista Zap
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