sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Flores comestíveis: como cultivar em casa e usar em receitas

Descubra quais os principais nomes e usos para ter um jardim florido e gastronômico



Seja em saladas, doces, quiches ou apenas para a decoração de pratos, flores comestíveis são ótimas opções para turbinar e colorir o menu. Além disso, podem ser cultivadas em pequenos jardins - até mesmo dentro de casa! Quer saber como? Confira, a seguir, um guia de cultivo e os tipos mais utilizados na culinária. Depois, é só se aventurar no preparo de uma manteiga aromatizada, no carpaccio de pupunha com flores ou nasalada de endívias, capuchinha e queijo feta!


Primeiros passos

Antes de começar a se aventurar na cozinha, tenha em mente alguns cuidados: nem toda flor é consumível. "Algumas tem potencial tóxico ou sabores muito fortes", explica Gabriela Pastro, especialista em ervas aromáticas e especiarias do Sabor de Fazenda. Portanto, conheça a espécie! Certifique-se também de que a planta é orgânica e higienize da maneira correta: imersa em uma solução com água e sal (500 ml para cada colher de chá) por cinco minutos. 

Os tipos de flores
Elas se dividem conforme as partes comestíveis: flor inteira, somente pétalas ou sépalas e brácteas. "O orégano seco que consumimos não é oriundo das folhas e sim das sépalas secas das flores. Ou seja, as flores também podem ser consideradas temperos", explica Gabriela. Confira, a seguir, cinco espécies e suas características.

Amor-perfeito (Viola x wittrockiana)


Também chamada de viola tricolor e erva-trindade, trata-se de uma herbácea perene, híbrida e de hastes muito ramificadas que variam entre 20 e 30 cm. Suas flores vistosas, nas cores branca, roxa, amarela, rósea e marrom, formam-se no inverno e primavera. É cultivada em maciços densos e canteiros a meia sombra, protegida do sol forte, com terra fertilizada, rica em húmus, mantida permanentemente úmida. Na culinária, podem ser cristalizadas, incrementar saladas e aromatizar manteigas.
Capuchinha (Tropaeolum majus) 

Com nuances em laranja, amarela ou vermelha, é uma das mais usadas em pratos brasileiros. Medindo de 30 a 40 cm de altura, a herbácea se forma entre primavera e verão e deve ser mantida sob sol pleno, como planta pendente em vasos, jardineiras, ou canteiros. Multiplica-se por sementes, que devem ser colocadas para germinar no outono. Na gastronomia, serve de enfeite ou como um tempero fresco e picante para pratos e saladas verdes

Hibisco/Vinagreira (Hibiscus sabdariffa)
Famosa pelo uso para chás, a espécie é do tipo arbusto semi-lenhoso, mede entre 1,5 e 3,0 m de altura e floresce o ano todo se cultivada a pleno sol. De cor rosa-arroxeada, suas brácteas e sépalas possuem um sabor ácido e servem de base para a confecção de geleias e sucos.

Tagete (Tagetes sp.)
"Esta não é tão comum no mundo gourmet, porém seu uso tem se ampliado nos últimos tempos", revela a especialista Gabriela Pastro sobre essa herbácea anual, ereta, ramificada, com altura entre 60 e 90 cm. Suas folhas apresentam cheiro forte e característico e as flores possuem tonalidades amarelas e alaranjadas, que lembram cravos, e se formam principalmente na primavera e no verão. São usadas no preparo de manteigas aromatizadas, patês, ricotas e risotos.


Violeta-perfumada (Viola odorata)
Mais delicada do que a violeta tradicional (violeta africana), a viola odorata atinge pouco mais de 10 cm de altura e possui flores perfumadas, de cor violeta ou esbranquiçadas. "Deve ser cultivada a meia-sombra, sempre úmida", ressalta Gabriela. Suas flores são pequenas e servem para decoração, aromatização de manteigas e cristalização para doces.

Como plantar
A única diferença em relação a outros tipos de plantas é forma de adubá-las. "Existem duas maneiras: adubo líquido nas folhas e granulado na terra. Para as folhas, o melhor é o originário da composteira caseira (minhocário), vulgarmente chamado de chorume", resume a especialista, que indica diluir o líquido liberado no processo na proporção 1 para 10 de água. A adubação líquida pode ser feita a cada 15 dias, borrifando as folhas sempre de baixo para cima. Já os granulados (bokashi e farinha de osso são alguns exemplos) devem ser aplicados a cada 40 dias.

FONTE: CASA VOGUE (globo.com)

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