Assinados por profissionais renomados ou pelos próprios moradores, retratos e outros cliques estão em alta na decoração. Veja aqui a melhor forma de utilizá-los
Neste projeto, o arquiteto Guilherme Torres posicionou dois trabalhos de Roberto Wagner (Galeria Miniloft) na altura da esquadria.
A imagem feita por Christian Cravo (Dan Galeria) se alinha à ponta do sofá no living planejado pelo designer de interiores Francisco Cálio.
Nesta sala, David Bastos propôs uma composição com o tema praia e fugiu à regra que manda deixar, no mínimo, 5 cm de distância entre uma obra e outra.
O políptico Blue Tanto, de Miguel Rio Branco (Galeria Silvia Cintra + Box 4), estampa uma das paredes deste apartamento decorado pela Ofcina Par.
Resistente à umidade, o metacrilato emoldura a foto de Germana Monte-Mór (Galeria Valu Oria). Projeto do designer de interiores Marco Aurélio Viterbo.
Fique atento à proporção. Caso o quadro seja grande, e a moldura, muito fina, há o risco de ela empenar.
1. Quantas fotografias devo usar em cada ambiente? Como distribuí-las? Não há regra. Você pode decorar a parede com uma única foto ou reunir diversas numa composição. “Se a cópia for grande, coloque-a 1,50 m distante do chão. Caso queira usar várias, forme um eixo horizontal, a essa altura, com as menores. Disponha as demais acima e abaixo da linha, de modo proporcional”, ensina o arquiteto David Bastos. O artista visual e designer José Marton complementa: “Não é obrigatório dispô-las no centro da parede ou do sofá. Caso exista ao lado uma luminária de piso, pode-se deslocá-las para esse sentido. Chamo isso de simetria assimétrica”.
2. Não quero pendurá-las. Que outras opções existem?Para não marcar a alvenaria com furos, é possível pendurar a imagem num cabo de aço fino, fixado no teto. Vale, ainda, criar montagens descoladas e fáceis de fazer apoiando uma ou mais fotos no chão e as encostando na parede. Outra sugestão: aproveite o tampo de cômodas, aparadores e outros móveis e distribua os cliques sobre eles, ao lado de livros empilhados, abajures e objetos.
3. Fotos coloridas e em preto e branco ficam bem juntas?Não há o menor problema em fazer a junção. Pelo contrário, ela resulta num arranjo muito interessante, justamente pela diversidade de tons, que podem incluir também a sépia. Atenção apenas a um detalhe: se você pensa em emoldurar cliques individualmente e pendurá-los na parede um grudado no outro (veja o exemplo do políptico na página ao lado, à esquerda), prefira os de estilo e cores semelhantes, se possível do mesmo autor.
4. Vale misturá-las a outras obras de arte? “A combinação funciona perfeitamente. Tenha cuidado, porém, para não deixar o visual carregado”, avisa o arquiteto Guilherme Torres. Em situações assim, molduras lisas e de tons neutros ajudam a evitar o excesso. Outra ideia, se o desejo for de uma decoração mais contemporânea e leve, é misturar fotos em preto e branco a gravuras. Para criar uma atmosfera jovem e descolada, tente dispor pôsteres lado a lado com retratos coloridos. E, já que não existe certo ou errado aqui, quanto mais personalizada e harmônica for a composição, melhor o efeito. Pode-se até recorrer a uma solução bem original reunindo a imagem e pratos decorativos.
5. Devo combinar o estilo da fotografia ao da decoração? Adequá-la ao entorno – perceba como a composição abaixo, à esquerda, revela-se urbana – configura uma opção, não uma exigência. Recomenda-se observar o que a imagem transmite e, com base nisso, escolher o cômodo onde ela melhor se encaixa. Às vezes, o que vai bem na sala de estar não cabe ao quarto. “Ande com ela pela casa, peça para alguém segurá-la e a analise de diversos ângulos e por um bom tempo. Tudo isso sem pressa”, diz Marton.
6. Posso usar cliques feitos por mim? Eis uma alternativa em conta, pois o gasto se limitaria à impressão e à moldura, porém tenha cuidado. “Se você seguir uma linha, adotar um tema, melhor. Pense numa cor, use um filtro e faça o que puder para não deixar suas fotos enquadradas com cara de porta-retrato”, aconselha Mônica Maia, fotógrafa e sócia da Doc Galeria. Agora, se você preferir investir um pouco mais, encontrará diversas galerias especializadas nesse tipo de arte. A impressão digital barateou os custos – o preço é, exceto para os nomes já conhecidos, menor que o de uma pintura ou gravura –, e alguns profissionais têm apostado em tiragens maiores, o que torna os valores mais acessíveis.
7. Que tipo de moldura usar? As retas e finas, em preto ou branco, são as campeãs de preferência, pois interferem pouco na imagem. É viável, contudo, mesclar esses modelos a outros, mais chamativos, e formar um arranjo original. “Já vi projetos que se valem de diversas molduras discretas, entremeadas a uma única peça de cor vibrante”, fala Rodrigo Pitangui, da Fast Frame. Estão na moda, segundo ele, as de madeira clara e alumínio, além das que levam tons neon. Não quer moldura? Escolha metacrilato, técnica que adesiva a fotografa entre chapas de acrílico transparente.
8. Coloco passe-partout? Esse acabamento, disponível em mais de 200 cores, forma uma margem ao redor da obra (acima e ao lado). Quanto maior sua largura, mais destaque à imagem. “Usa-se normalmente passe-partout branco ou off-white nas fotografas de estilo moderno e bege nos retratos antigos”, comenta Joelma Gama, da molduraria Struttura. Caso decida dispensá-lo, é melhor pedir que seja incluído um distanciador na hora de emoldurar – a peça resguardará a impressão do contato direto com o vidro.
9. Qual o tipo de vidro mais indicado? O comum já funciona. Porém, se possível, eleja o material com proteção contra raios ultravioleta a fim de evitar o desbotamento da imagem. Só use a versão antirreflexo se o local receber muita incidência de sol, pois ela altera a percepção sobre as cores originais da foto. Com a moldura pronta e o lugar para exibir os cliques escolhido, preste atenção a uma dica final: cole bumpers de feltro ou borracha (aqueles colocados nos pés das cadeiras para não arranhar o piso) atrás dos quadros. Esse recurso ajuda a prolongar a vida útil das obras, já que as mantêm distantes da umidade vinda das paredes.
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